Depois do incidente Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, declarou que essa afronta era inaceitável e que o Kremlin espera receber desculpas.
"Não, eu não acho isso, Vladimir Putin não fez nada para que eu pense assim", declarou Marine Le Pen respondendo à pergunta do jornalista do CBS News se ela considera o presidente russo como "assassino".
Contudo ela frisou que não idolatra a Rússia e Putin.
"Olhe, eu não sou fã em um concerto de rock. Sou líder político de uma grande nação. O que me importa são os interesses da França", acrescentou a candidata presidencial francesa.
"Vou lhes dizer o que representa uma ameaça para a Europa. É a Guerra Fria contra a Rússia, que vai empurrando a Rússia para as mãos da China. Isso sim, é uma ameaça", disse Le Pen.
Ela também destacou que o conceito de "ameaça russa" é uma "vigarice".
As eleições presidenciais na França serão realizadas em 23 de abril e 7 de maio. Marine Le Pen é considerada favorita no primeiro turno, 26% dos eleitores estão prontos para votar nela. Em segundo lugar nas intenções de voto está o ex-ministro das Finanças, Emmanuel Macron, com 24%.
Nesse mesmo ano, os EUA e a UE aprovaram vários pacotes de sanções contra a Rússia, sendo ela acusada de desestabilizar a situação na Ucrânia.
O Kremlin e a chancelaria russa explicaram várias vezes que a adesão da Crimeia foi uma decisão dos habitantes da península, que expressaram de forma democrática e em plena conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU sua vontade de reunificar-se com a Rússia.