"Enquanto houver mercado consumidor, haverá oferta em algum lugar do mundo e neste caso, a Colômbia é um dos países que mais sacrifícios já fez para limitar a demanda", disse Villegas antes da reunião em Bogotá com o secretário-assistente de Estado EUA para Drogas e Aplicação da Lei, William Brownfield.
No entanto, o funcionário disse que há preocupação com o aumento de hectares de cultivos ilícitos entre 2014 e 2016, e que justamente por essa preocupação se formulou um novo plano para combater estes cultivos por meio da substituição.
"Esta substituição de culturas que foi feita de maneira massiva nos permitiu ter cerca de 48.000 hectares cobertos por planos de substituição, e nós temos o objetivo de erradicar 50.000 hectares dos que não desejam substituir", disse Villegas. O objetivo, disse ele, é que este ano será "entre 90.000 e 100.000 hectares a menos."
Na semana passada, o Conselho Internacional de Controle de Estupefacientes (INCB), que faz parte das Nações Unidas, revelou em seu Relatório Anual de Drogas 2016, que o cultivo de coca na Colômbia aumentou 39% entre 2014 e 2016, passando de 69.000 hectares para 96.000 no mesmo período.
Tal registro acendeu a luz vermelha sobre o novo governo de Donald Trump, cuja prioridade na América Latina é combater o tráfico de drogas.
"Esta é uma das melhores notícias, porque nos permite entrar com programas de substituição e da boa vontade daqueles que cultivam coca", disse o ministro da Defesa colombiano.
Finalmente, Villegas observou que ao longo de 2016, autoridades colombianas apreenderam cerca de 380 toneladas de cocaína, e em 2017, até agora confiscaram mais de 50 toneladas.