Anteriormente, o serviço de resgate local informou que o piloto foi encontrado a 500 metros do lugar da queda e levado ao hospital.
"Tomaremos a decisão depois de determinar todos os detalhes do incidente. É muito cedo para falar disso. Temos que esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido na fronteira turca. Qual era a missão dele? Acho que a decisão será tomada nos próximos dias", disse Nurettin Canikli à agência turca Anadolu.
Em um comentário para a Sputnik Turquia, Ismail Hakki Pekin, ex-chefe do departamento de inteligência do Estado-Maior turco, falou dos possíveis desfechos da situação. De acordo com ele, a entrega do piloto pelas autoridades turcas ao governo sírio poderia lançar as bases de um futuro melhoramento nas relações entre Ancara e Damasco.
"A Turquia e Síria não estão em estado de guerra. A Turquia apoia a oposição síria, mas não está combatendo contra o Estado sírio. Se os dois países estivessem em guerra, o piloto seria considerado prisioneiro de guerra e sua entrega seria um processo muito difícil", comenta o alto responsável militar turco.
"É possível que do processo da entrega participem a Cruz Vermelha e Crescente Vermelho ou a Rússia… Ou também a Turquia pode não entregar o piloto, interrogá-lo e deportá-lo do país. Em qualquer caso, ele [piloto] não cometeu nenhum crime, porque sendo efetivo das Forças Armadas, ele apenas cumpria ordens", explica Ismail Hakki Pekin.
Ele destaca que a regulação das relações sírio-turcas é um assunto muito importante. Primeiro, os países devem chegar a acordo na questão de Manbij. Segundo, devem impedir a reunificação dos cantões curdos. O melhoramento das relações pode ajudar a estabelecer o controle sobre fronteira turco-síria e reforçar aí o poder da Síria. Assim, o problema dos corredores curdos deixaria de existir.
"Este passo [a entrega] do piloto poderia se tornar um passo significante para o desenvolvimento das relações entre Síria e Turquia, pelo menos, para um primeiro melhoramento do diálogo… A entrega do piloto poderia ser uma base para este processo", concluiu Ismail Hakki Pekin.