"É interessante que, do ponto de vista de toda a população, as medidas de limpeza dos territórios contaminados não reduziram a porção [de radiação] para os residentes. <…> a maior diminuição [da radiação] trata-se da desintegração do césio radioativo ou limpeza dele do solo por chuvas e neve", disse Ryugo Hayano, pesquisador da Universidade de Tóquio.
A presença de substâncias perigosas em solo e água forçou o governo do Japão em 2011 a evacuar a população, que vivia a um raio de 20 km da usina, criando uma zona de alienação.
Apesar da recomendação do governo, centenas de pessoas continuaram vivendo na zona do bairro de Date, na cidade de Fukushima, recusando-se a abandonar seus lares.
O processo de limpeza do solo não desempenha um papel importante – a radiação diminuiu com a mesma velocidade antes mesmo do início da limpeza. Tais conclusões contradizem as declarações do Ministério da Energia do Japão que a limpeza do solo e da água diminuiu a radiação 22%.
Cientistas japoneses sublinham que tais conclusões não significam que as medidas de limpeza são inúteis, mas mostram que as aproximações atuais são ineficazes.