Durante o encontro no Palácio do Planalto, Gilmar Mendes afirmou que o sistema político eleitoral brasileiro precisa passar por uma reforma séria para acabar com o que ele chama de distorções.
A reunião durou mais de uma hora e, ao final do encontro, os quatro presidentes emitiram nota conjunta afirmando que o debate para essa reforma não busca "apagar o passado", mas "olhar com resolução para o futuro".
Em seguida, Gilmar Mendes participou de entrevista coletiva, afirmando que a Justiça Eleitoral está extremamente preocupada com o que chamou de "mau desenvolvimento do sistema político eleitoral".
O ministro do STF revelou que uma das questões mais graves a serem enfrentadas é a mudança do modelo de financiamento de campanha, o que, em sua opinião, não pode ser dissociado de mudanças no sistema eleitoral.
Na próxima quarta-feira, 22, Gilmar Mendes, Eunício Oliveira, Rodrigo Maia e representantes do Governo Temer tornarão a se reunir para discutir como a reforma política poderá ser viabilizada.
Ainda na nota oficial os quatro presidentes afirmam que "há amplo consenso sobre a necessidade e a urgência de reforma do sistema político eleitoral brasileiro. Essa realidade incita os Poderes da República e a sociedade civil a se unirem para a efetivação das mudanças que levem a uma melhora expressiva na representação política nacional".
Alguns dos objetivos da reforma política pretendida por Temer, Oliveira, Maia e Mendes são: buscar a racionalização do sistema político; reduzir custos das campanhas políticas; obter o fortalecimento institucional das legendas; e, ainda, maior transparência e simplificação das regras eleitorais.
A nota finaliza com a observação: "Esse debate não busca apagar o passado, mas olhar com resolução para o futuro, construindo o sistema mais adequado aos tempos atuais e atendendo melhor aos desígnios de nossa democracia e às expectativas de nosso povo."