Trump propõe orçamento para 2018: Mais dinheiro para defesa, menos gastos domésticos

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O presidente dos EUA Donald Trump apresenta nesta quinta-feira (16) sua proposta para o orçamento do ano fiscal de 2018, com aumento dos gastos militares e corte dos programas domésticos e da ajuda externa.

Confira os destaques da proposta, segundo selecionados pela Reuters:

DEFESA

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O orçamento prevê um aumento de US$ 52 bilhões para o Departamento de Defesa em relação ao orçamento aprovado de 2017 (sob a administração Barack Obama), que foi de cerca de US$ 522 bilhões. Há um aumento adicional de US$ 2 bilhões em gastos com defesa em outros departamentos, incluindo Energia e Estado.

A verba, entretanto, ainda é menor do que alguns republicanos no Congresso haviam pedido, incluindo os chefes dos comitês do Senado e da Câmara que supervisionam as atividades militares dos EUA. 

O plano destina-se a novos fundos para acelerar a luta contra os militantes do Daesh (autodenominado Estado Islâmico), reverter as reduções de tropas do exército norte-americano, construir mais navios para a Marinha e fortalecer a Força Aérea – inclusive comprando mais aviões F-35 construídos pela Lockheed Martin.

SEGURANÇA INTERNA

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O Departamento de Segurança Interna teria um aumento de 6,8 por cento em sua verba, com mais dinheiro para financiar as equipes extras necessárias para capturar, deter e deportar imigrantes ilegais.

Trump também quer que o Congresso desembolse US$ 1,5 bilhão no ano fiscal corrente para ejudar em sua promessa de um muro na fronteira com o México, e mais US$ 2,6 bilhões no ano fiscal de 2018.

AJUDA EXTERNA

O orçamento combinado do Departamento de Estado e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) cairia em 28%, com cortes de recursos para as Nações Unidas, mudanças climáticas e programas de intercâmbio cultural. O plano preserva US$ 3,1 bilhões em ajuda de segurança para Israel.

O orçamento também solicita US$ 12 bilhões para as chamadas Operações de Contingência no Exterior, financiamento para custos extraordinários, principalmente em zonas de guerra como o Afeganistão, o Iraque e a Síria. 

Serão mantidos os compromissos atuais relativos ao tratamento do HIV no âmbito do PEPFAR, o Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da AIDS. O PEPFAR é o maior fornecedor mundial de medicamentos contra a doença e desfruta de apoio bipartidário nos EUA.

PROTEÇÃO AMBIENTAL

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O orçamento da Agência de Proteção Ambiental seria cortado em 31%, eliminando seus programas de mudança climática e cortando as principais iniciativas destinadas a proteger a qualidade do ar e da água.

A proposta eliminaria 3.200 funcionários da agência, ou 19% da força de trabalho atual, e efetivamente acabaria com as iniciativas do ex-presidente Barack Obama para combater as mudanças climáticas, cortando o financiamento para a assinatura do Plano de Energia Limpa, que visa reduzir as emissões de dióxido de carbono.

SAÚDE

Sob o orçamento proposto, as empresas da área de saúde, como fabricantes de medicamentos e fabricantes de dispositivos, pagarão mais do que o dobro em 2018 para que seus produtos médicos sejam revisados para aprovação pela Food and Drug Administration.

A proposta prevê mais de US$ 2 bilhões em taxas a serem cobradas da indústria.

TRANSPORTE

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A supervisão do controle de tráfego aéreo passaria do governo federal para um grupo privado sob a proposta de Trump, que inclui um corte de 13% para o orçamento discricionário do Departamento de Transportes.

O plano também pede que o orçamento da NASA seja reduzido em 0,8%, para US$ 19,1 bilhões.

ENERGIA

O orçamento para o Departamento de Energia incluiria US$ 120 milhões para reiniciar o licenciamento para o depósito de resíduos nucleares de Yucca Mountain proposto em Nevada, um projeto que foi paralisado por anos devido a ações judiciais e à oposição local.

AGRICULTURA

Os gastos discricionários do Departamento de Agricultura seriam reduzidos para US$ 17,9 bilhões, uma queda de 21% em relação aos níveis de financiamento temporários de 2017 aprovados pelo Congresso no final do ano passado.

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