Empresário norueguês vende garrafas de água de R$ 310 para muçulmanos

© Foto / Svalbardi.comÁgua Svalbardi
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O Ártico é associado ao frio extremo e à pureza cristalina das águas. Esta segunda associação está sendo comercializada por uma empresa norueguesa que espera fazer uma fortuna vendendo água de icebergs de classe premium por $ 100 (R$ 310) a garrafa. Aliás, o alvo particular da empresa é o mercado muçulmano.

A ideia de criar um produto de luxo surgiu quando o empresário norueguês-americano e ex-analista da Wall Street, Jamal Quereshi, estava de férias no arquipélago ártico de Svalbard, Noruega. A água de iceberg colhida nas proximidades de Longyearbyen, capital de Svalbard, é vendida online e já foi comprada pela loja de luxo Harrods sediada em Londres.

O co-investidor do projeto, Terje Aunevik, disse ao jornal norueguês Dagbladet que o preço reflete a exclusividade, já que a Svalbardi, produzida e engarrafada no 79º paralelo norte, claramente "não é apenas mais uma garrafa de água".

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De acordo com Aunevik, o mercado de água premium é atualmente um dos segmentos de bebidas de crescimento mais rápido no mundo.

"Estamos falando de segmento de luxo. Há cerca de 1,5 bilhões de muçulmanos no mundo que, basicamente, não bebem álcool. Na realidade, esse representa um enorme mercado de bebidas não alcoólicas que podem ser tomadas em grandes ocasiões", Terje Aunevik disse ao jornal norueguês.

O professor Fred Selnes, especialista em marketing da BI Norwegian Business School, afirmou que a categoria de luxo tem sua própria lógica:

"Os símbolos vendidos para que os clientes exibem o 'Olha o que eu posso comprar' ou 'Olha como eu sou inteligente'. Uma vez que você tem um monte de dinheiro, o custo realmente não importa", disse Fred Selnes Dagbladet.

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No entanto, a Svalbardi já foi atacada por ativistas ambientais. Apenas uma em cada cinco garrafas da Svalbardi é reciclada, afirmou a ONG Water Project. A crítica também envolve questões éticas, já que muitos acreditam que é desrespeitoso e profano ganhar dinheiro com água de uma das áreas mais intocadas do mundo, enquanto milhões de pessoas vivem sem acesso à água limpa. Por outro lado, a Svalbardi foi certificada como uma empresa de emissão zero pela organização CarbonNeutral e supostamente apoia uma série de projetos ambientais envolvendo os esforços para promover a disponibilidade de água potável em Uganda.

"Em termos quantitativos, a nossa produção é tão pequena que quase não afeta a natureza, e usamos apenas cubos de gelo que são separados da geleira e estão prestes a derreter de qualquer maneira", disse Jamal Quereshi à emissora nacional norueguesa NRK.

Além disso, se você pensar que a Svalbardi é a água a mais cara do mundo, olha para a Fillico Jewelry Water que tem o custo duas vezes maior.

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