China vs Coreia do Sul: quem perde mais com deslocamento do THAAD no país?

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O ministro de Energia, Indústria e Comércio sul-coreano, Joo Hye Hwang, comunicou que foi enviada uma reclamação para a OMC pelas ações discriminais da China em relação às empresas da Coreia do Sul.

"Informamos à OMC sobre a possibilidade de a China violar vários acordos comerciais", ressaltou o ministro. Estas violações estão ligadas às "medidas de vingança" do governo da China em relação às empresas da Coreia do Sul quanto ao deslocamento planejado do sistema antimíssil americano THAAD para o sul da península da Coreia.

A reclamação para a OMC foi enviada no fim da semana passada, acrescentou o alto funcionário. O problema do deslocamento do THAAD no território da Coreia do Sul e a reação da China foram os principais temas das negociações. Como resultado, o secretário de Estado dos EUA solicitou que a China se abstenha das medidas de resposta devido ao deslocamento do THAAD na Coreia do Sul.

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Mais anteriormente, o secretário de Estado dos EUA classificou essas medidas de resposta da China como "excessivas" e "despropositadas". Esse foi o primeiro caso quando os EUA interviram publicamente em uma disputa que foi de fato internacionalizada pela Coreia do Sul.

"China ainda não quer aumentar as tensões com a Coreia do Sul no domínio político-militar por causa do THAAD […] É difícil afirmar quais inciativas a OMC vai tomar em relação à China. Em particular, porque a OMC é uma organização muito formal e cheia de burocratismo. As disputas são examinadas em conformidade com procedimentos durante muito tempo", acrescentou o analista político, Mikhail Belyaev, à Sputnik China, adiantando que a posição da OMC em relação à China é muito politizada, ou seja, iniciativas radicais não serão tomadas.

Entretanto, há mais informações sobre boicotes dos bens sul-coreanos por consumidores chineses do que o contrário. O jornal South China Morning Post mostrou como empresas chinesas tentam apoiar ações de boicote. Segundo ele, um dos usuários notou o cartaz contra THAAD nas embalagens de guardanapos. Há informações também que a famosa rede sul-coreana de restaurantes Hannashan comunicou no início de março que foi fundada e financiada só por chineses.

Há uma semana, 3,3 mil turistas chineses se recusaram desembarcar na ilha turística de Jeju por quase 80 ônibus terem sido forçados a cancelar excursões planejadas devido aos protestos contra a decisão de Seul de deslocar o THAAD na Coreia do Norte. 

Enquanto as empresas da Coreia do Sul contam as suas despesas, os legisladores reforçam a crítica em relação ao governo. Segundo eles, a situação chegou a este ponto por causa da falta da resposta agressiva às ações da China, comunica a Reuters. 

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A Reuters comunicou também que os esforços da realização das negociações diretas entre os ministros das finanças da China e da Coreia do Sul no âmbito do G-20 na Alemanha fracassaram. 

"A possibilidade da resolução da situação com uso de reclamações não é alta. O lado sul-coreano quase não tem chances de ganhar o processo, porque não tem provas de que o governo chinês emitiu a ordem sobre o boicote das empresas sul-coreanas e dos bens em resposta ao deslocamento de mísseis. O governo chinês ainda não publicou documento algum. Todas as assim-chamadas medidas do lado chinês contra a Coreia do Sul é o resultado da vontade livre do povo chinês e não pode ser o motivo para reclamação", acrescentou o diretor do Centro da Ásia Noroeste da Academia de Heilongjiang Da Znigang à Sputnik China.

​O lado chinês está interessado no desenvolvimento da cooperação econômica com a Coreia do Sul caso sejam consideradas posições de ambas as partes, comunicou o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, durante um briefing em Pequim, acrescentando que China é contra os planos de deslocamento de THAAD na Coreia do Sul. 

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