Brode desembarcou em Guarulhos procedente de Casablanca, no Marrocos, e no terminal brasileiro pegaria um voo para Frankfurt. Ele, no entanto, perdeu a conexão e sem dinheiro vive desde então nas dependências do aeroporto, revirando cestas de lixo para comer. A história, que poderia sensibilizar qualquer um, porém, impede qualquer gesto de solidariedade. Câmeras do terminal já mostraram por várias vezes que Brode, sem qualquer motivo, levanta-se de onde está e agride mulheres. Segundo a administração do GRU Airport já são seis agressões flagradas.
Procurada pela Sputnik Brasil, a assessoria de imprensa do aeroporto diz que o alemão mostra um perfil psicológico de instabilidade e que não pode intervir nos casos uma vez que não tem poder de polícia. Segundo o aeroporto, a intervenção policial só poderia acontecer se as vítimas registrassem um boletim de ocorrência, o que acaba não acontecendo, uma vez que as pessoas no aeroporto estão em trânsito e não querem perder seus voos. Isto porque, além do boletim, a vítima tem que fazer exame de corpo de delito. A assessoria também explicou que, no caso de um ataque do alemão a lojas do terminal ou depredação do patrimônio público o caso já permitiria a convocação de força policial.
O alemão já fora notificado pela Polícia Federal, uma vez que está no aeroporto há mais de 90 dias sem visto e corre agora o risco de ser deportado, uma vez que o prazo de notificação venceu nesta quinta-feira, 23. A Sputnik Brasil também procurou o consulado alemão em São Paulo e foi informada que os diplomatas alemães estão cientes do problema e prestando todo o apoio necessário a Brode e às autoridades locais. "Mais informações não poderão ser dadas, para não ferir o direito de individualidade", explicou o consulado.
A Sputnik também tentou contato com a Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.