Sete inquéritos foram arquivados a pedido da PGR. Entre os políticos a serem investigados estão os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, com cinco inquéritos cada, Renan Calheiros (PMDB-AL), com quatro, os atuais presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Rodrigo Maia (DEM-RM), José Serra (PSDB-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ), Celso Russomano (PRB-SP), Heráclito Fortes (PSB-PI) e os governadores de Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), Acre, Tião Viana (PT), e Alagoas, Renan Filho (PMDB).
Os ministros envolvidos são Eliseu Padilha (Casa Civil), Helder Barbalho (Integração Nacional), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Blairo Maggi (Agricultura), Roberto Freire (Cultura) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
A notícia desta terça-feira caiu como uma bomba no meio político brasileiro, já bastante desgastado por conta de escândalos, crises e medidas impopulares. Alguns dos citados se manifestaram rapidamente. Outros optaram pelo silêncio.
Em publicação no seu Twitter, o senador Aécio Neves disse que essa será uma boa oportunidade para desmascarar mentiras e demonstrar a correção de sua conduta:
Nota oficial do senador Aécio Neves. pic.twitter.com/AfLYBsELYg
— Aécio Neves (@AecioNeves) 11 de abril de 2017
Geraldo Alckmin, por sua vez, disse nunca ter recebido dinheiro ilegal de forma direta ou indireta.
Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei.
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin_) 12 de abril de 2017
Ausentes da polêmica lista de Fachin, alguns políticos e partidos destacaram sua integridade e de seus correligionários, como foi o caso do PSOL.
Iniciada em 2014, a Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. Ela envolve empreiteiras, a estatal Petrobras, operadores financeiros e agentes políticos, combinados em esquemas criminosos que podem ter movimentado de bilhões a dezenas de bilhões de reais.