De acordo com o ministro de Saúde turco Recep Akdag, testes foram realizados em pessoas expostas ao gás na província síria de Idlib e que foram levadas para a Turquia para serem tratadas. Pelo menos três delas não resistiram e morreram.
“Foi identificado que o gás sarin foi utilizado”, afirmou Akdag, ao ser questionado pela agência estatal Anadolu, após análises de amostras de sangue e urina das vítimas. A substância isopropil metil fosfato foi encontrada, situação que condiz quando da exposição do sarin ao meio ambiente.
No episódio da semana passada, 87 civis morreram, incluindo 31 crianças, na cidade síria de Khan Shaykhun, que é controlada por militantes contrários ao governo de Bashar Assad. Acusado por ter autorizado o ataque, Assad negou. Atribuindo o incidente aos próprios rebeldes.
O gás sarin pode ser inalado ou absorvido pela pele. Ele mata ao incapacitar o sistema respiratório no sistema nervoso central, paralisando os músculos ao redor dos pulmões. Após o ataque na cidade síria, imagens mostravam pessoas tendo convulsões e com dificuldades para respirar.
Na ultima sexta-feira, os Estados Unidos lançaram 59 mísseis Tomahawk em direção à base aérea de Shayrat, de onde a Casa Branca acredita que saíram os jatos de Assad responsáveis pelo ataque com armas químicas.
De acordo com o ministro de Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu, a Síria ainda possui armas químicas em seu poder.
Rússia questiona afirmações
A autenticidade de reportagens que acusam o governo sírio de terem lançado mão de armas químicas voltou a ser questionada pelo governo russo. Segundo o Diretor Operacional Principal do Estado-Maior Russo, General Sergei Rudskoy, as matérias jornalísticas foram analisadas e há elementos para se duvidar das informações publicadas.
“Mais e mais experts respeitados e organizações estão inclinados a acreditar que o vídeo [do suposto ataque] foi fabricado”, disse Rudskoy, em nota divulgada pelo governo.