Rússia está preocupada com o bloqueio pelos EUA da investigação da OPAQ em Idlib

© REUTERS / Ammar AbdullahA man breathes through an oxygen mask as another one receives treatments, after what rescue workers described as a suspected gas attack in the town of Khan Sheikhoun in Idlib, Syria April 4, 2017
A man breathes through an oxygen mask as another one receives treatments, after what rescue workers described as a suspected gas attack in the town of Khan Sheikhoun in Idlib, Syria April 4, 2017 - Sputnik Brasil
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As ações dos EUA e seus parceiros ocidentais que impedem a investigação do alegado ataque químico na província síria de Idlib são um sinal alarmante, pois mostram que a solução da crise na Síria não é o objetivo principal dos aliados, disse o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.

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"Ontem a nossa proposta conjunta [com o Irã], propondo que os peritos da OPAQ visitassem os lugares do suposto incidente com armas químicas na Síria, foi bloqueado pelas delegações europeias sem motivos justificados. Este ato mostrou a completa inconsistência da posição de nossos parceiros ocidentais, que, na verdade, impedem a OPAQ de enviar seus inspetores ao lugar do incidente e àquele aeródromo a partir do qual terão supostamente decolado os aviões contendo projécteis com substâncias químicas", disse Lavrov durante o encontro com o chefe da Chancelaria chinesa, Wang Yi.

"Não há dúvidas que as ações dos EUA e de seus aliados ocidentais, que bloquearam o envio de inspetores, destinado a estabelecer a verdade no local do incidente com armas químicas, provocam preocupações, pois representam uma tentativa velada de encontrar um pretexto para não cumprir a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a regulação política (na Síria) e para que a comunidade internacional centre a atenção na criação de condições para a mudança do regime", disse Lavrov em entrevista a jornalistas.

O ministro das Relações Exteriores também acrescentou que "a maioria esmagadora" dos países-membros da ONU não está de acordo com isso.

"Acho que os que apoiam ativamente as conversações de Astana que, como se sabe, foram organizadas pela Rússia e Turquia juntamente com o Irã também não estão de acordo", acrescentou.

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Base de Shayrat atacada pelos EUA era um dos aeródromos mais seguros da Síria
A oposição síria comunicou em 4 de abril que no ataque químico na cidade de Khan Shaykhun morreram 80 pessoas e mais 200 ficaram feridas, acusando do incidente as tropas governamentais da Síria. Os últimos negaram as acusações e atribuíram a responsabilidade pelo ataque aos militantes e seus patronos. As autoridades da Síria afirmaram nunca terem usado armas químicas contra civis e terroristas, tendo o arsenal químico sido retirado do país sob controle da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).

Em seguida, na noite de 6 a 7 de abril, os EUA, sem apresentarem nenhumas provas da culpa dos militares sírios, realizaram um ataque contra a base aérea síria de Shayrat, lançando no total 59 mísseis.

Mais tarde, em entrevista concedida à Sputnik, o presidente sírio, Bashar Assad disse não ter havido nenhum incidente em Idlib, mas uma provocação para justificar o ataque contra Shayrat.

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