Mais tarde, em uma entrevista, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou à Reuters ter informado os países parceiros, entre estes a Rússia, os EUA, bem como o Curdistão iraquiano, do início da operação.
Segundo a fonte da emissora, os conselheiros norte-americanos e da coalizão internacional não estavam em áreas próximas da realização da operação turca.
"Esses ataques aéreos não foram aprovados pela coalizão de combate com o Daesh e resultaram em tragédias e baixas entre os nossos parceiros no combate com o Daesh, inclusive entre os combatentes peshmerga curdos", declarou o representante oficial do Pentágono, Adrian Rankin Galloway.
O comando militar turco informou nesta terça-feira a morte de 70 combatentes curdos durante ataques aéreos contra as posições das Unidades de Proteção Popular curdas (YPG) no nordeste da Síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), proibido na Turquia, no norte do Iraque.
Após o conflito armado entre a Turquia e o PKK ter sido retomado em julho de 2015, 900 militares e policiais turcos morreram em ataques dos curdos, bem como mais de 300 civis. Segundo os dados do ministério de Defesa da Turquia, no mesmo período mais de 10 mil militantes do PKK foram eliminados pelas tropas de Ancara.