"Os lutadores pela paz defendemos o fechamento das bases militares estrangeiras. Apostamos em uma ampla campanha, sobretudo neste momento em que estamos à beira de um conflito armado de grandes proporções, que pode incluir a utilização de armas nucleares na península coreana. Ali já se encontram navios de guerra, submarinos atômicos e muita presença militar dos Estados Unidos, ameaçando a China, ameaçando os povos de toda a área, ameaçando a paz mundial", alertou à Sputnik Mundo Antônio Barreto, presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz).
Na opinião de Barreto, o seminário é fundamental para consciencializar os povos do perigo que representam as bases militares estrangeiras. De acordo com o pacifista, os Estados Unidos são a principal referência de uma política intervencionista, com grandes investimentos na área militar em países alheios.
"Essas bases, que representam uma ameaça para a humanidade, têm como protagonista o imperialismo norte-americano, que tem atualmente mais de 800 bases militares presentes em todos os continentes. O atual Governo dos Estados Unidos, chefiado por Donald Trump, não tende a reduzi-las, mas, ao contrário, está construindo novas bases, como vem fazendo na Argentina, na Colômbia e em outros territórios, particularmente aqui na nossa América", disse Barreto.
De acordo com os organizadores, o terreno é estratégico para a demanda que se coloca devido a que a província "tem usurpados 117 quilômetros de seu território pela ocupação ilegal do mesmo por uma base naval norte-americano, transformada em centro de tortura e das mais terríveis violações dos direitos humanos dos supostos terroristas que lá se encontram há mais de uma década".
A conferência foi organizada pelo Conselho Mundial pela Paz com o copatrocínio da Organização de Solidariedade com os Povos da África, Ásia e América Latina (OSPAAAL) e algumas organizações cubanas de ativistas da paz.