No início de maio, bombardeiros estratégicos americanos B-1B realizaram um voo sobre a Coreia do Norte para estabelecer os alvos de um possível bombardeio, afirma a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A agência sul-coreana lembra que Pyongyang respondeu a esta ameaça avisando que está disposta a afundar o navio americano com um único golpe nuclear.
Pyongyang acredita que suas armas nucleares e mísseis balísticos são um fator de dissuasão da "política inadequada de Washington", que, por sua vez, tem medo de que Kim Jong-un tenha uma má influência nos outros líderes, escreve o analista russo.
Em outras palavras, a possibilidade de uma nova guerra na península coreana continua crescendo rapidamente, considerado o autor do artigo.
Entretanto, nem os Estados Unidos nem a Coreia do Sul apresentam dados sobre o número de norte-coreanos que podem combater em caso de um conflito armado.
A agência Yonhap, citando suas próprias fontes, informou que a Coreia do Norte conta com outros 600.000 reservistas bem treinados. Além disso, há cerca de 6 milhões de pessoas que fazem parte das forças paramilitares chamadas Guardas Vermelhos de operários e camponeses, que, muitas vezes, participam dos exercícios.
Isso quer dizer que existem cerca de 8 milhões de pessoas na Coreia do Norte que estão bem treinadas e estão altamente motivadas e prontas para agir em qualquer momento.
De acordo com Sitnikov, apesar da opinião de que a tática militar da Coreia do Norte se concentra na ofensiva, na verdade, esta está orientada para a defesa. Em particular, logo atrás da zona desmilitarizada, os norte-coreanos criaram um potente sistema de fortificações.
As armas de Kim Jong-un, em sua maioria, são de origem soviética ou chinesa. Moscou não fornece armas à Coreia do Norte, pelo contrário, aplica todos os esforços para minimizar a produção não licenciada de sistemas russos no exterior.
Destaca-se que Seul, por sua vez, também não está interessada em atacar a Coreia do Norte ainda que considere obsoletas as armas de Pyongyang. Para além disso, a Coreia do Sul está reduzindo o número de militares, o seu exército conta hoje apenas com 490 mil soldados.
O analista também sublinha que a experiência dos EUA no Iraque, especialmente em Mossul, mostrou que, em zonas urbanas, as armas inovadoras perdem quase todas suas vantagens, por isso a ajuda de Washington não será muito útil.
"Em caso de uma guerra, tudo vai depender dos primeiros dias de conflito, porque a maior parte das tropas de ambos os países estão perto da zona desmilitarizada", concluiu Sitnikov