Síria não permitirá que forças lideradas pela ONU estejam presentes em zonas de segurança

© Sputnik / Hediye LeventHabitantes de Homs passeiam por uma das ruas principais da cidade, Síria, 26 de janeiro de 2016
Habitantes de Homs passeiam por uma das ruas principais da cidade, Síria, 26 de janeiro de 2016 - Sputnik Brasil
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A Síria está disposta a respeitar o memorando sobre as zonas de segurança, mas preserva para si o direito de responder a qualquer violação que seja cometida pelos grupos armados, declarou o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem.

"Vamos respeitá-lo [o memorando], mas caso seja cometida uma violação por algum grupo, a resposta será resoluta", disse o chanceler sírio em uma entrevista coletiva.

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As peculiaridades das 4 zonas de segurança na Síria
O ministro assinalou que, por agora, é cedo para tirar conclusões quanto à eficiência do memorando.

O titular da parta sírio indicou que ainda restam alguns detalhes logísticos que se debaterão em Damasco e somente depois se poderá analisar como o acordo é cumprido.

Além disso, Walid Muallem sublinhou que a Síria não permitirá que as forças internacionais sob os auspícios da ONU participem da vigilância do memorando.

"Não haverá presença de forças internacionais sob a égide da ONU", disse ele durante uma entrevista coletiva.

O ministro adiantou também que "a Rússia, como país garante, esclareceu que nestas zonas serão instaladas forças da polícia militar e centros de monitoramento, enquanto a ONU e outras forças internacionais não exercerão nenhum papel nestas zonas".

O memorando sobre a criação de 4 zonas seguras na Síria foi celebrado pelos países garantes do armistício (Rússia, Turquia e Irã) que entrou em vigor nos finais de 2016, durante a 4ª rodada das consultas sírias em Astana, realizada entre 3 e 4 de maio.

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Trata-se das zonas que abrangem a província de Idlib, uma parte do território vizinho de Latakia, Aleppo e Hama, a parte nordeste da província de Homs, Ghouta oriental e determinadas zonas do sul sírio, nas províncias de Daraa e Quneitra.

O acordo busca cessar todos os confrontos armados entre as forças governamentais e as de oposição, consolidar o regime de cessar-fogo e separar os opositores sírios dos grupos terroristas como o Daesh (autodeterminado Estado Islâmico) e Frente al-Nusra, ambos proibidos na Rússia e em alguns outros países.

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