A Guarda Costeira dos EUA tem apenas dois quebra-gelos polares em funcionamento, que realizam trabalho pesado mesmo estando com seus dias contados, de acordo com a Auditoria dos EUA.
"Acho que ainda temos uma necessidade crítica de [quebra-gelos]", disse Hamilton à Sputnik Internacional. "Se levarmos em consideração as missões realizadas pelo meu navio, também levamos cientistas para efetuar pesquisas climáticas… Então, a necessidade de assegurar presença e acesso através do Ártico é mais real do que nunca."
Hamilton sublinhou que, infelizmente, seu navio, o quebra-gelo médio Healy, é o único em condições excepcionais.
"O quebra-gelo pesado Polar Star ainda é capaz de realizar a missão do Ártico, e, falando nisso, ele acabou de voltar de lá há dois meses, mas ele tem 40 anos de idade, então é muito difícil operá-lo", notou o almirante norte-americano. "Se levarmos em consideração o trabalho realizado em um ambiente com recursos limitados, possuir mais quebra-gelos melhoraria a situação."
"A Guarda Costeira dos EUA é responsável por muitas coisas, inclusive pela [contenção de] derramamento de petróleo. Tomando em consideração a situação no Ártico, que eu chamo de ditadura de distância, temos apenas um quebra-gelo em uma área muito grande, ou seja, área preocupante", explicou Hamilton. "É por isso que precisamos continuar a negociar em organizações como a Organização Marítima Internacional, que tem bom código de regras, e também no Conselho Ártico, trabalhando juntos para elaborar acordos."