Curdos prometem 'construir Síria livre' com uso de armas norte-americanas

© AFP 2023 / DELIL SOULEIMANMembros das Unidades de Proteção do Povo do Curdistão (YPG) monitoram as posições do grupo do Estado Islâmico (Daesh) na cidade síria de Ras al-Ain, perto da fronteira turca em 13 de março de 2015
Membros das Unidades de Proteção do Povo do Curdistão (YPG) monitoram as posições do grupo do Estado Islâmico (Daesh) na cidade síria de Ras al-Ain, perto da fronteira turca em 13 de março de 2015 - Sputnik Brasil
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Os curdos sírios planejam "construir Síria livre" com apoio de armas dos EUA, declarou o representante oficial da milícia curda YPG (Unidades de Proteção Popular), Redur Xelil.

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"Nossas forças… proclamam a construção de uma Síria, onde todas as pessoas vão viver juntas e livres e com apoio da coalizão internacional, vencendo as forças obscuras", diz a declaração do representante a qual Sputnik tem acesso.

Na quarta-feira (10), o presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou o plano de fornecimento de armas aos destacamentos curdos na Síria que estão combatendo o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), apesar de a Turquia ser contra.

Segundo fontes do Pentágono, EUA planejam fornecer aos curdos "uma parte limitada" das armas necessárias para libertar Raqqa dos terroristas, inclusivamente morteiros e metralhadoras.

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O representante oficial da milícia curda YPG expressou satisfação quanto à decisão dos EUA, mas ao mesmo tempo chamou-a de "atrasada":

"Apesar de a decisão sobre fornecimentos de armas às YPG ter sido tomada com atraso, percebe-se uma confiança em relação às nossas forças, que lutam contra o Daesh e todos s grupos terroristas… a YPG provou para todo o mundo, especialmente para as forças da coalizão internacional, que é a principal força no combate ao terrorismo. Antes de a decisão ter sido tomada, sofremos falta [de armas]."

As YPG compõem a maior parte das Forças Democráticas Sírias, uma aliança apoiada pelos EUA com combatentes árabes e curdos, que tomou grandes partes do território anteriormente controlado pelo grupo terrorista Daesh no norte da Síria.

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Destaca-se que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, repudiou a decisão americana e pediu para que os EUA "anulassem imediatamente o plano".

De acordo com o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, cada arma entregue às forças curdas "representa uma ameaça para a Turquia".

Quanto à Síria, possíveis fornecimentos de armas aos curdos provocam protestos das autoridades de Damasco, pois, segundo autoridades, os norte-americanos não têm direito de realizar sua atividade sem aprovação do governo sírio. Consequentemente, a presença dos EUA no território norte da Síria representa intervenção.

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