Ao examinar uma das aeronaves do Air Force One, que são responsáveis pela locomoção do presidente norte-americano, mecânicos da empresa aérea Boeing danificaram um dos sistemas do avião ao ponto de surgir ameaça de incêndio durante voo, informa a CNN, que cita conclusões da investigação federal.
O dano foi avaliado em US$ 4 milhões. De acordo com a empresa responsável pelo dano, reparos foram feitos por sua conta.
O vice-redator-chefe da revista Aviapanorama e major-general honorífico piloto militar da Rússia, Vladimir Popov, comentou a situação para o serviço russo da Rádio Sputnik.
"No relatório foi mencionado que lá se encontravam partículas que poderiam provocar incêndio. Poderia ser uma mancha de óleo no sistema de tubagem, que fornece o oxigênio. Poderiam ser restos, por exemplo, peças que foram substituídas: algo não foi verificado ou limpo apropriadamente. Em caso de vazamento de oxigênio na mancha ou em pó metálico, incêndio poderia acontecer. Ou seja, há embasamento para reação sugerida pela mídia. E, sem dúvida nenhuma, trata-se de uma grande ‘mancha’ e ‘ponto negativo’ para o sistema de controle e manutenção técnica. Trata-se do nível da organização de voos – todas elas, neste momento, não se encontraram em um nível adequado. Não se trata de um simples golpe na reputação da companhia, e sim de um golpe fatal", destacou Vladimir Popov.
Segundo ele, o problema principal é a violação das regras e normas técnicas.
"Em todos os lugares trabalham pessoas, e, infelizmente, pessoas erram. Talvez, estes mecânicos só estavam com pressa. E 'se apressar' em um momento deste é muito perigoso. As normas e regras técnicas devem ser seguidas, bem como o regime de trabalho. Esses são pontos fundamentais da aviação e cosmonáutica", sublinhou o especialista.