Envolvida em inúmeros relatos de supostos defeitos em suas armas ao longo dos últimos anos, a Taurus, que emprega 3 mil pessoas no Brasil e exporta para mais de 85 países, enviou uma nota oficial à Sputnik Brasil sobre o seu posicionamento e se disse alvo de uma campanha difamatória motivada por interesses comerciais de concorrentes estrangeiros, posto que é uma das maiores fabricantes do segmento no Brasil e passou recentemente por profunda reestruturação.
"Essa campanha tem divulgado de forma constante notícias falsas sobre a empresa e é conduzida por interessados no enfraquecimento financeiro da Taurus. Os interessados em fragilizar a empresa exploram um sistema judicial já sobrecarregado, em benefício próprio. Recursos públicos têm sido desperdiçados em perícias e ações judiciais repetitivas para tentar, sem sucesso, corroborar a falsa notícia de que as armas da Taurus têm problemas."
Segundo a Folha, nove empresas demonstraram interesse em participar da licitação internacional da Polícia Militar de São Paulo, força considerada a maior compradora de armas do país. A PM paulista tem orçamento de 14,8 bilhões de reais por ano e, nos últimos cinco anos, investiu 29 milhões de reais em compra de armas.
A Sputnik Brasil não obteve resposta da Polícia Militar do Estado de São Paulo sobre pedido de entrevista para esclarecer as razões de substituir a Taurus por uma fornecedora de armamentos do exterior.