As negociações entre Donald Trump e Recep Tayyip Erdogan decorreram na terça-feira (16) em Washington em meio à escalada de discordâncias entre os dois países. Essas contradições foram provocadas pela lei autorizada por Donald Trump segundo qual os EUA vão armar os destacamentos curdos no combate ao Daesh (organização terrorista proibida na Rússia). Na ocasião, Erdogan pediu que os EUA "anulassem imediatamente o plano", pois os destacamentos curdos na Síria estão ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), visto como uma organização terrorista por Ancara e Washington.
"Nossa posição é clara: caso sejam realizados quaisquer ataques por parte das YPG contra a Turquia, iremos agir sem pedir autorização a ninguém", afirmou Erdogan aos jornalistas alemães, falando na embaixada em Washington.
Segundo dados do jornal Sabah, a Turquia não vai participar da operação para libertar do Daesh a cidade síria de Raqqa, pois os EUA decidiram que as YPG deveriam tomar parte nela.
"Já lhes dissemos que não consideramos a cooperação com a organização terrorista uma decisão razoável… Acredito que eles (os EUA) ainda batam a nossa porta devido à questão síria", destacou o presidente turco.
Além disso, ele sublinhou que a Turquia vai manter sua presença na Síria e no Iraque.