Em 2008, um grupo de astrônomos, liderado por Paul Kalas da universidade a Califórnia em Berkeley (EUA), declarou ter descoberto um planeta-gigante no disco de gás e pó que rodeia Fomalhaut. As conclusões de Kalas e seus colegas foram criticadas, e até 2011 em revistas científicas foram publicados os resultados de algumas novas pesquisas, os autores das quais não conseguiram encontrar provas da existência do Fomalhaut b.
As novas fotos recebidas pelo telescópio ALMA, o mais potente rádio-observatório da Terra, confirmam a existência deste planeta. Um tal "olho de Sauron", de acordo com os cientistas, pode aparecer em um sistema de estrelas apenas quando nela há um grande planeta, que atrai os destroços de cometas e asteroides para uma área estreita das órbitas e faz com que colidam entre si.
O anel de gás e pó, acumulado ao redor de Dagom, fica a uma distância de cerca de 20 bilhões de quilômetros da Fomalhaut, sendo duas vezes superior à distância entre o Sol e Plutão, enquanto a largura dele é de aproximadamente dois bilhões de quilômetros.
Os cientistas esperam que os estudos deste "olho" cósmico esclareça a história da formação do Dagom e ajude a entender com que frequência aparecem os "gêmeos" da Terra e de outros planetas.