Em 2015, uma construção ativa foi iniciada no recife, transformando-o em uma ilha artificial. Hoje, essa ilha possui vasta infraestrutura militar: pistas de aterrisagem, 4 hangares para bombardeiros e 24 pequenos para caças, 4 Sistemas de Armas de Defesa Próxima, dois radares e usinas.
O recife de Mischief está localizado nas bordas da zona econômica exclusiva das Filipinas, mas a China o declarou seu território. Segundo Pequim, a embarcação norte-americana navegou "sem permissão" a 12 milhas náuticas das Ilhas Spratly, o que pode afetar o processo de paz na região.
O navio norte-americano faz parte da operação Liberdade de Navegação, destinada a contrair as reivindicações marítimas da China. É a primeira vez, após a tomada de posse de Donald Trump, que um navio de guerra norte-americano se aproxima das ilhas em disputa no mar do Sul da China.
Anteriormente, Donald Trump se recusou a realizar quaisquer operações no mar do Sul da China. Por essa razão, especialistas supõem que o presidente esteja aliviando a pressão norte-americana na China para obter apoio do país na resistência à Coreia do Norte.
Assim, a aparição do navio norte-americano perto das ilhas de Spartley deve calmar os países que esperam receber apoio dos EUA contra a China, opinam especialistas.
"A liberdade de navegação na parte ocidental do oceano Pacífico é vital, pois é possível trocá-la pela promessa da China de participar da cooperação em meio a outras questões tão importantes como a Coreia do norte", o jornal The Financial Times cita as palavras do funcionário do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, Andrew Shearer.
"Não foi por acaso que o destróier norte-americano se dirigiu para o recife de Mischief, região onde as Filipinas se posicionam contra a China, país investigado pelo Tribunal de Haia. Mesmo a China não dando atenção à decisão do Tribunal, que não reconhece suas pretensões territoriais no mar do Sul da China, incluindo o recife de Mischief", declarou à Sputnik Vietnã.
Segundo ele, os Estados Unidos não deveriam se intrometer, pois sua política no Sudeste Asiático é alvejada para conter o poder da China. A tomada de iniciativa da China irrita os EUA, acredita o especialista, indicando que esta seja a razão para envio do navio norte-americano ao recife de Mischief e para realização de outras ações semelhantes.