Caso sobreviva a uma explosão de uma bomba nuclear de uma potência de uns 10 quilotoneladas, o que constitui 66% da potência de cada uma das duas bombas detonadas pelos EUA no Japão em 1945, provavelmente você entraria em pânico, mas há que recordar uma regra muito simples: nesta situação, usar automóvel pode causar um dano irreparável à saúde.
Seria lógico evitar dirigir seu automóvel depois de uma explosão nuclear, no melhor dos casos porque as estradas estariam cheias de motoristas em pânico, acidentes de trânsito e escombros.
Entretanto, estas não são as razões principais por que os sobreviventes não devem entrar em um carro ou dirigi-lo. Há outra causa que constitui a consequência mais assustadora de uma detonação nuclear, chamada poço radioativo.
O poço radioativo é uma mistura complexa dos produtos de fusão ou radioisótopos que são criados durante a desintegração de átomos. Muitos produtos de fusão se descompõem rapidamente e emitem radiação gama.
A explosão e este tipo de radiação, a curto prazo, pode causar danos às células do corpo humano assim como a sua capacidade de se recuperar, provocando uma doença chamada síndrome de irradiação aguda. Entre outras coisas, afeta o sistema imunológico e a capacidade do corpo de combater infeções, assinala o especialista.
A melhor opção para sobreviver a um desastre atômico é se refugiar em uma construção robusta o mais rápido possível. Uma vez que entre nela, deve se dirigir ao centro do edifício ou, se for possível, a um espaço localizado debaixo da terra e permanecer lá por 12 a 14 horas.
O especialista assinalou que há uma exceção importante nesta regra sobre o uso de automóveis após uma explosão nuclear: se estiver no seu automóvel dentro de uma garagem de concreto, este material poderia servir como escudo; neste caso, pode permanecer em seu veículo.
De acordo com Buddemeier, se todos seguissem estes conselhos, isto poderia salvar centenas de milhares de vidas.