De acordo com o especialista, esta rota marítima pode se tornar em um impulso forte que contribuirá para a integração econômica na região euroasiática.
Desbravar o Ártico exclusivamente com a Rússia
A China está altamente interessada na exploração do Ártico, principalmente por via da cooperação internacional e interação comercial e econômica, comunicou o especialista chinês.
Caminho ártico como parte da iniciativa 'Um Cinturão e uma Rota'
De acordo com Peiqing, a Rota Marítima do Norte e a Passagem do Noroeste podem se tornar em uma espécie de apêndice do projeto "Um Cinturão e uma Rota".
"O projeto 'Cinturão Econômico da Rota da Seda' atravessa o continente euroasiático precisamente pelo meio, enquanto o projeto ‘Rota Marítima do Século XXI' passa pelo sul. Falta, por enquanto, uma rota setentrional", contou o especialista.
Peiqing explicou que a caraterística mais importante da rota marítima ártica é que ela atravessa regiões relativamente pacíficas, onde não há conflitos territoriais e de interesses, diferentemente da rota "Cinturão Econômico da Rota da Seda", cuja construção foi obstaculizada pela resolução de disputas e coordenação escrupulosa de muitos passos.
"Ou por exemplo a 'Rota Marítima do Século XXI', que é uma rota meridional, e que passa pelo mar do Sul da China, Ásia Oriental, Oceano Índico. São regiões com muitos problemas. Outra coisa é uma rota setentrional, por isso eu acredito que isso pode ser um grande estímulo que contribuirá para a integração econômica euroasiática", observou.
Corredor marítimo russo atravessa mares do Norte
Tomando em conta o aquecimento das águas no oceano Ártico, a Rota Marítima do Norte pode virar uma alternativa à maior rota transcontinental que atravessa os mares meridionais da Eurásia, bem como a África através do Canal de Suez.
Deste modo, a passagem de um navio de carga de Xangai a Hamburgo através da Rota Marítima do Norte será 2.800 milhas mais curta que uma viagem através do Canal de Suez.