"As relações entre o Qatar e os Estados Unidos são tradicionais e dura há décadas. Após a assinatura do acordo de cooperação militar e do acordo de concessão de benefícios militares, o Qatar dedicou muitos esforços na luta contra o terrorismo e contribuiu significativamente para essa causa junto aos aliados, liderados pelos Estados Unidos", disse Al Thani, durante sua visita a Moscou neste sábado.
"Foi estranho ouvir as declarações do presidente dos EUA, feitas com base nas opiniões dos outros chefes de Estado, que ocupavam certas posições em relação ao Qatar", disse o ministro.
Diversas estruturas do governo dos EUA já destacaram o papel de Doha na combate conjunto contra o terrorismo, de acordo com Al Thani. O Qatar, por outro lado, não pode concordar com os Estados Unidos em todas as posições. Por exemplo, Washington considera o movimento palestino Hamas como um grupo terrorista, enquanto os países árabes o consideram um movimento de resistência legítimo, acrescentou o diplomata.
"O Qatar não apoia o Hamas, mas apoia o povo palestino. O nosso apoio aos palestinos é óbvio. Cooperamos com o governo palestino oficial. A presença do Hamas no Qatar não significa que o Qatar o oferece suporte. O Hamas está presente no Qatar enquanto uma entidade política", explicou Al Thani.
Na quarta-feira, a mídia informou que Riad estabeleceu várias condições para normalizar as relações bilaterais com Qatar, entre as quais estava a expulsão de todos os membros do grupo terrorista da Irmandade Muçulmana (proibido na Rússia) e do movimento palestino Hamas do país, bem como a imediata ruptura dos laços diplomáticos com o Irã.