O comunicado, publicado no site do Ministério das Relações Exteriores marroquino, fundamenta essa decisão "nos preceitos da santa religião islâmica, que fomenta a solidariedade e a ajuda mútua entre os povos islâmicos, sobretudo no mês abençoado do Ramadã".
O rei Mohamed VI de Marrocos chamou todas as partes a atuar com moderação e sabedoria para diminuir a tensão, superar a crise e resolver as causas que haviam dado origem.
Marrocos, segundo o comunicado do MRE, é a favor de uma neutralidade construtiva, que não se pode limitar à observação passiva da escalada preocupante entre países irmãos.
No dia 5 de junho, a Arábia Saudita, o Bahrein, o Egito e os Emirados Árabes Unidos anunciaram a ruptura das relações diplomáticas e a suspensão das comunicações terrestres, marítimas e aéreas com o Qatar, após acusar a Doha de apoiar o terrorismo.
O Governo do Qatar lamentou o bloqueio diplomático, ao qualificar de "injustificado", e assegurou que todas as acusações carecem de fundamento.
A crise foi desencadeada despois que a agência de notícias qatarense QNA publicou supostas declarações do emir Tamim bin Hamad al-Thani a favor da normalização das relações com o Irã.
O Ministério das Relações Exteriores do Qatar afirmou mais tarde que as declarações eram falsas, obra de piratas informáticos que haviam atacado o site da agência. Porém, a Arábia Saudita, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos deram pouco crédito à explicação.