"O Daesh está na Argentina", apareceu na página da instituição argentina após o ciberataque. As palavras foram acompanhadas com uma imagem de pessoas encapuzadas e segurando uma bandeira do grupo terrorista.
Andrei Serbin, analista em assuntos internacionais e diretor da Coordenadora Regional de Investigações Econômicas e Sociais, não acredita que esta situação tenha sido um resultado da presença do grupo terrorista.
"Estado Islâmico [Daesh] não demonstrou capacidades sofisticadíssimas em relação ao hackeamento. Quando realizou um, este foi feito muito publicamente. O tipo de imagem que utilizam não é a tradicional, onde aparecem soldados com uma bandeira negra e letras brancas segurando Kalashnikov como neste caso, e aquelas são as verdadeiras imagens do conflito na Síria. Esses elementos fazem pensar que não estamos perante um ataque hacker deste grupo terrorista. É provável que se trate mais de vandalismo cibernético", disse o analista à Sputnik.
Depois do ataque, o Exército Argentino divulgou um comunicado reconhecendo ter recebido "uma agressão de segurança informática". Ao afirmar desconhecer sua origem, explicou que o ciberataque "não afetou nenhum dos sistemas informáticos críticos" e se limitou à sua página web.
"Pelas características da nossa região, a possibilidade é remota. A América Latina não está vinculada na luta contra o terrorismo. Não enviamos tropas, o tema não está presente nos discursos dos nossos presidentes, não participamos de forma ativa das coalizões que buscam combater grupos como Daesh. Houve alertas nos últimos anos, mas até agora não houve nenhuma situação concreta de ameaça. Um atentado na região não seria tão lucrativo para o grupo como se fosse efetuado nos países vinculados à luta contra terrorismo internacional", concluiu.