Kathryn Volk, da Universidade do Arizona, e seu colega Renu Malhotra calcularam há meio ano as possíveis órbitas do planeta X e agora pressupõem que na verdade existem dois corpos celestes, e não um.
"As anomalias que encontramos são inexplicáveis se considerarmos que todos os planetas do Sistema Solar já foram descobertos. Podem ser originadas por um planeta cujo tamanho seja, pelo menos, igual ao de Marte. Não temos razões para duvidar de sua existência, pois tal coincidência no movimento de outros planetas seria bom demais para ser verdade", diz Kathryn Volk.
Os astrônomos chegaram a tal conclusão após terem analisado as órbitas dos corpos celestes em partes diferentes no cinturão de Kupier e descoberto que existem dois grupos de planetas anões, cujas órbitas são estranhamente inclinadas e alongadas em relação às órbitas de outros corpos celestes nos arredores do Sistema Solar.
As órbitas do planetas do segundo grupo são menos inclinadas do que as do primeiro. Isso indica que o décimo planeta do sistema Solar é significativamente menor que o planeta X, sendo uma "super-Terra" ou "mini-Neptuno".
De acordo com os cálculos de Volk e Malhotra, terá um massa igual à de Marte e ficará mais perto ao cinturão de Kupier e os planetas restantes do Sistema Solar, do que o planeta X de Brown e Batygin, por isso pode ser descoberto mais cedo do que o último, acham os autores do artigo.
Por outro lado, como reconhecem os pesquisadores e como nota Konstantin Batygin, é lógica a pergunta — por que é que ainda não foi descoberto pelos astrônomos? Os pesquisadores acreditam que isso se deve ao fato de sua órbita possa estar situada em uma zona do céu onde fica o disco brilhante da galáxia, que "vence" a luz fraca do "primo" de Marte.