Aleksandr Chichin, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa, compartilhou com serviço russo da Rádio Sputnik sua opinião em relação ao assunto.
O especialista descarta a possibilidade de início de um processo contra o presidente, explicando seu ponto de vista pela incapacidade do procurador-geral obter dois terços dos votos.
"Seria demasiado, mesmo para o Brasil, ter dois impeachments consecutivos, primeiro Dilma Rousseff e agora Michel Temer, operando com essa lógica, os deputados não votarão contra o presidente", afirma Chichin.
Chichin destaca que já toda a história da Petrobras e agora as gravações reveladas pela chefia do JBS são suficientes para convencer mesmo os que ainda não veem as coisas evidentes. Como os políticos estão preocupados com o futuro do país, é apenas por isso que Temer está no poder.
Falando dos interesses que tem neste caso o próprio procurador-geral, Aleksandr Chichin frisa que há muitos que querem substituir Temer. Entre as candidaturas possíveis, o analista indica o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, do Partido Republicano Brasileiro.
"Um dos principais 'motores' de Rodrigo Janot pode ser o prefeito do Rio de Janeiro", pressupõe Chichin, destacando que há muito grupos, além de Crivella, que podem "sacudir" a situação, pois a figura de Temer e muito vulnerável.