Segundo Morgulov, Moscou está coordenando com os parceiros chineses, que também estão muito preocupados com a situação em torno da península Coreana. A China declarou ser preciso simultaneamente congelar os testes nucleares e de mísseis da Coreia do Norte e as manobras perigosas dos EUA na região. Moscou apoia essas ideias.
O especialista assinala que a coisa importantíssima é que este roteiro foi elaborado depois de consultas estreitas com a China, que anteriormente nunca foi feito. Isto mostra que a Rússia e a China têm uma sinergia nessa questão, o que é muito significativo. Segundo Georgy Toloraya, a Rússia pode vir a se tornar o mediador que fala das posições mais independentes do que as dos outros figurantes do processo de reconciliação.
O especialista assinala que os principais jogadores nesse processo são os EUA e a Coreia do Norte e a Rússia, provavelmente, pode convencer a Coreia do Norte a realizar um diálogo, ou tentar dar os primeiros passos para congelamento do programa nuclear. Toloraya acredita ser pouco provável convencer os EUA a fazer o mesmo.
"No passado, a Rússia foi um membro importante das negociações de seis lados sobre o problema da península Coreana e tradicionalmente se posiciona como uma potência grande que influencia fortemente a Coreia do Norte", disse.
O roteiro russo alveja a criação das condições que ajudarão a levar a Coreia do Norte para as negociações. A China apoia todos os esforços para resolver a crise em torno da Coreia do Norte e tem uma posição aberta sobre o roteiro russo, declarou na quarta-feira o representante oficial do MRE chinês, Lu Kang.