'Precisam de uma ação mais forte para derrubar governo venezuelano'

© REUTERS / Christian VeronParticipante de uma manifestação na Venezuela
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O ataque às instituições estatais da Venezuela com um helicóptero sequestrado demonstra uma "escalada" de violência a fim de derrubar o governo, disse à Sputnik Mundo o especialista internacional, Basem Tajeldine.

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O ataque contra as sedes do Ministério do interior da Venezuela e do Tribunal Supremo da Justiça com um helicóptero governamental roubado deu início a um novo capítulo da disputa política no país. Um grupo de funcionários do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas (CICPC) roubou a aeronave de uma base militar em Caracas e efetuou mais de 15 disparos contra os edifícios.

Em entrevista à Sputnik Mundo, o analista internacional Basem Tajeldine qualificou o episódio como uma "ação de comando terrorista" que representa "mais uma escalada de violência" da oposição na tentativa de "conseguir um golpe de Estado" para tomar o poder na Venezuela.

"As forças do Estado vêm frustrando todas as ações do exército, dentro dos componentes que poderiam realmente ter derrubado o governo. Porque, sejamos claros, manifestações em lugares da classe média em Caracas, roubos de carros, queima de pneus e assassinatos coletivos nunca vão derrubar nenhum governo. Eles precisam de um componente militar, uma ação mais forte vinda de forças estatais, uma traição e, naturalmente, uma intervenção estrangeira para alcançar este objetivo", explicou o analista.

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Basem Tajeldine sublinhou o interesse dos EUA em desestabilizar o país através da Organização dos Estados Americanos, que chamou de "ministério das colônias dos EUA". Neste sentido, também destacou que "a Venezuela não está sozinha", pois conta com apoio estrangeiro "de grandes potências como a Rússia e a China".

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Samuel Moncada, negou em uma coletiva de imprensa a hipótese, proposta pela oposição, de que o ataque com helicóptero teria sido realizado pelo próprio governo, classificando a ação como ação de "um psicopata".

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