Na segunda-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que, caso a Síria use armas químicas, Paris não tardará em responder.
Segundo o político, do ponto de vista do direito internacional, as afirmações do Ocidente representam uma pressão política contra Damasco em resposta aos êxitos no deserto do leste da Síria e à cooperação com as forças iraquianas. Por isso as falsas acusações de Washington, expressadas pelo presidente francês, não são surpreendentes, disse Muhammed Kheir al Akkam à Sputnik Árabe.
Muhammed Kheir al Akkam citou o aspeto jurídico da questão, dizendo que "se algum Estado acha que outro Estado planeja aplicar armas químicas, ele deve se dirigir à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ)", que depois analisa o caso e decide se precisa enviar seus especialistas a esse país.
O deputado lembrou que a Síria já pediu a OPAQ para que realizassem uma investigação à localidade de Khan Shaykhun, lugar de um alegado ataque químico, em resposta ás acusações dos EUA, mas Washington não reagiu.
"Depois se tornou claro que este incidente foi um pretexto para exercer pressão política sobre o governo sírio. Agora, os norte-americanos estão fazendo o mesmo com o mesmo objetivo", acrescentou.
Caso a coalizão internacional continue explorando o tópico de armas químicas como pretexto para uma possível agressão contra a Síria, então Damasco, juntamente com a Rússia e o irã, responderá aos agressores de uma forma surpreendente, afirmou Muhammed Kheir al Akkam.