As afirmações feitas por Washington não são novas nem originais, sublinhou Zakharova.
"É um prenúncio de uma nova intervenção", disse ela, tentando descrever o que chamou de "estratégia típica" que os EUA podem usar em relação à Síria.
"Infelizmente, Washington continua com suas acusações infundadas em relação ao governo sírio, que estaria alegadamente preparando um novo ataque químico. Já conhecemos este tipo de afirmações, que os funcionários de Washington recusaram provar com fatos. Não sabemos em que dados ele se basearam para tirar tais conclusões", disse a representante.
De acordo com ela, "a situação parece uma provocação de grande escala, tanto em termos militares, como em termos de informação, que tem como alvo não somente as autoridades sírias, mas também a Rússia.
Zakharova recordou o incidente com armas químicas em Khan Shaykhun.
Em 4 de abril, a Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias declarou que 80 pessoas morreram e 200 ficaram feridas em um suposto ataque químico em Khan Shaykhun, acusando o governo sírio.
Damasco negou as acusações, dizendo que a responsabilidade pelo ataque foi dos militantes e seus aliados.
Zakharova lembrou a campanha informativa massiva lançada pela mídia após o incidente de Khan Shaykhun, para fazer com que a culpa caísse sobre o líder da Síria, acrescentando que as últimas acusações da Casa Branca levarão a uma campanha semelhante.
Além disso, a representante disse que, para "provar" a existência de armas químicas em Khan Shaykhun, foram usadas as mais variadas substâncias, inclusive detergente de roupa, não tendo sido realizada qualquer investigação credível no local.