Porém, com a chegada de Trump, alguns esperavam que a atividade norte-americana nesta região diminuísse e as relações entre os dois países melhorassem. Mas, como mostra o recente incidente, os otimistas se enganaram. Apesar dos laços econômicos entre os dois Estados, na política as coisas deixam muito a desejar.
Washington cada vez mais chama a China de principal inimigo dos EUA, apresentando argumentos formais. Por exemplo, especulações no mercado cambial e violação dos direitos humanos, o tema favorito do Ocidente, quando se precisa acusar ou castigar alguém. No entanto, Pequim também pode pagar com a mesma moeda. Mais precisamente, o gigante asiático agiu de modo duro à decisão dos EUA de fornecer armas para Taiwan, cuja soberania não é reconhecida pela China.
De acordo com alguns dados, Xi Jinping preparou propostas inovadoras para regular a crise na península Coreana. Vale destacar que a nova administração de Seul também está prestes a dialogar com Pequim. Mas os EUA continuam apostando na política de força e pressão nas relações com a China.
Falando nas relações entre Pequim e Washington, Xi Jinping disse pouco antes da visita a Moscou que a instalação do sistema de defesa antiaérea dos EUA na Coreia do Sul prejudica a balança estratégica na região e a segurança dos países lá situados, inclusive a China e a Rússia. Assim, através de suas próprias ações, Washington está causando uma remodelação do mundo, que resultará em uma situação geopolítica completamente nova e pouco agradável para os EUA.
Ilia Kharlamov para o serviço russo da Rádio Sputnik.