Mesmo diminuindo número de ogivas, 9 países continuam modernizando suas armas nucleares

© AFP 2023 / AAMIR QURESHI / AFPMíssil balístico paquistanês Hatf-V com capacidade para transportar ogivas nucleares
Míssil balístico paquistanês Hatf-V com capacidade para transportar ogivas nucleares - Sputnik Brasil
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A quantidade de armas nucleares no mundo continua diminuindo a ritmos baixos, porém, ao longo de repetidos anos muitos países têm anunciado a manutenção e o desenvolvimento de programas de modernização dos seus arsenais nucleares, comunica o Instituto de Estocolmo para Estudo de Problemas Internacionais (SIPRI).

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De acordo com os dados do SIPRI, no início de 2017, 9 países, isto é, os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a China, o Paquistão, Israel e Coreia do Norte, possuíam, no total, cerca de 14.935 ogivas nucleares. É um pouco menos do que no ano passado (15.395), sendo que apenas 4.150 das ogivas são avaliadas pelos especialistas como operacionais.

Já não é o primeiro ano que os especialistas do SIPRI concluem que a diminuição do arsenal nuclear global se efetua graças aos esforços dos EUA e da Rússia, que contam com mais de 93% das armas nucleares. Porém, este processo leva tempo, apesar dos respectivos acordos internacionais, acreditam os peritos.

Ao mesmo tempo, ambos os países estão elaborando projetos dispendiosos a longo prazo para modernizar os armamentos nucleares. Os EUA, por exemplo, planejam gastar 400 bilhões de dólares com a manutenção e renovação do seu arsenal nuclear no período entre 2017 e 2026.

"O previsto aumento das despesas dos EUA não é algo inesperado. A atual administração dos EUA continua realizando planos ambiciosos de modernização nuclear adotados pelo presidente Barack Obama", afirmou um dos pesquisadores do SIPRI, Hans Christensen.

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O relatório analítico do SIPRI também destaca que os arsenais dos outros países (por exemplo, da China, Índia e Paquistão) não são grandes, mas estes países começaram a instalar novos portadores de armas nucleares ou, pelo menos, já anunciaram tais programas.

"Apesar do progresso recente nas negociações sobre o acordo de proibição de armas nucleares, há programas de modernização a longo prazo em todos os 9 países. Isto quer dizer que nenhum deles estará disposto a abdicar de seu arsenal nuclear em um futuro próximo", afirmou um dos pesquisadores.

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