Tradicionalmente, um exoplaneta pode ser considerado "habitável" se sua órbita corresponde à temperatura em que a água pode existir em forma líquida.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Boston descobriram que isto pode não ser suficiente e anunciaram um novo critério para que a vida seja possível em um exoplaneta — ejeções de massa coronal (EMC), segundo informa o portal Phys.org.
As ejeções de massa coronal (EMC) são enormes explosões de plasma e campo magnético que periodicamente ocorrem no Sol e outras estrelas. Representam um fator fundamental do chamado "clima espacial", podendo destruir satélites e outros equipamentos eletrônicos na Terra.
Os cientistas norte-americanos demonstraram que os efeitos do "clima espacial" também podem ter impacto significativo na possível habitabilidade dos exoplanetas de pouca massa. Também descobriram que as ejeções de massa coronal "comprimem" a magnetosfera dos exoplanetas, podendo em alguns casos pressioná-los ou até destruir sua atmosfera.
Isto significa que os planetas extrassolares desta estrela precisam de um campo magnético mil vezes maior do que o da Terra para proteger sua atmosfera das ejeções de massa coronal.
Portanto, a busca de exoplanetas habitáveis se torna ainda mais complicada, concluem os pesquisadores.