De acordo com Adelaide Castro, coordenadora nacional do Vem Pra Rua, a ideia é a de que esse monitoramento em tempo real estimule a população a entrar em contato com aqueles deputados indecisos ou contrários ao afastamento de Michel Temer.
"A gente acredita que, com o que já foi apresentado, ele, no mínimo, tem que ser investigado", afirmou. "Não dá para jogar a sujeira para debaixo do tapete".
Criticado por muitas pessoas pelo fato de ter feito numerosos atos pedindo a queda de Dilma Rousseff e por depois ter praticamente se calado quando surgiram as primeiras acusações contra o presidente Temer e outros políticos, o Vem Pra Rua assumiu a sua posição sobre esse assunto apenas nos últimos dias. Indagada sobre o porquê da demora, a responsável pelo grupo defendeu sua coerência, dizendo que o movimento só passou a pedir o impeachment da petista quando surgiram provas suficientes sobre seu crime de responsabilidade. Segundo Adelaide Castro, o comportamento está sendo o mesmo em relação ao atual líder brasileiro.
Além do Mapa Afasta Temer, o Vem Pra Rua também decidiu realizar atos populares pelo fim da impunidade "em todos os níveis, inclusive em relação ao presidente". O primeiro desses atos está marcado para o dia 27 de agosto, em diferentes partes do país.
"Nós queremos que seja célere a justiça. Porque justiça lenta é injustiça. Que essa justiça seja célere o suficiente para dar respostas à sociedade dos vários escabrosos casos de corrupção que nós assistimos todos os dias", destacou Castro.
Para 2018, o Vem Pra Rua, de acordo com sua coordenadora, defende uma renovação política, com a subida ao poder de políticos que representem o povo trabalhador brasileiro e que respondam conforme os altos impostos pagos pelo contribuinte.
"O Brasil inteiro precisa se mobilizar em direção a essa renovação. Não podemos aceitar que isso fique como está. Não adianta tirar um corrupto e colocar outro."