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7 a 1: Brasil chega como favorito à Copa do Mundo de 2018?

© Ministério do EsporteNeymar após bater o pênalti e dar a vitória ao Brasil contra a Alemanha
Neymar após bater o pênalti e dar a vitória ao Brasil contra a Alemanha - Sputnik Brasil
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Com que cara chega a seleção brasileira de futebol para a disputa do Mundial do ano que vem? A recente derrota para a Argentina e o alto nível de jogo apresentado por equipes como Alemanha, Chile, Portugal e França podem abalar o favoritismo quase sempre presente dos brasileiros? A Copa de 2014 será inspiração ou fantasma para o time de Tite?

Torcedores russos no Euro 2016 - Sputnik Brasil
FIFA 2018: será a Rússia capaz de sediar uma Copa do Mundo tão boa quanto a do Brasil?
Na última quinta-feira, a Federação Internacional de Futebol divulgou o seu novo ranking de seleções, com o Brasil perdendo a liderança para a Alemanha, que, ao conquistar a Copa das Confederações, subiu duas posições. A mudança já era esperada, devido ao título alemão e à primeira derrota da seleção canarinho sob o atual comando, no último mês, para a Argentina, terceira colocada na nova classificação da FIFA. Mas a verdade é que, quando falamos de grandes seleções disputando as primeiras colocações do ranking, pouco importa quem está em primeiro, segundo, terceiro ou décimo. 

Os brasileiros foram os primeiros a conseguir uma vaga na Copa de 2018, uma vez que a Rússia já estava garantida por ser o país-sede. Desde que Tite assumiu o grupo, a seleção vem jogando de maneira empolgante e eficiente. Antes do revés para os hermanos, foram nove vitórias consecutivas, 100% de aproveitamento, o que deixou torcedores e jornalistas impressionados e confiantes, apesar das ponderações do treinador. A derrota para os argentinos, em partida amistosa e por 1 a 0, na Austrália, ao que tudo indica, foi um acidente de percurso. Prova disso é que, poucos dias depois, o Brasil goleou os australianos por 4 a 0, contando com um time praticamente de reservas. 

Esta sexta-feira, 7 de julho, traz boas lembranças por conta da estreia do maior ídolo do futebol com a camisa da seleção, o Rei Pelé, há exatos 60 anos. Por outro lado, também é véspera de aniversário do maior vexame da história da equipe, o famoso Mineiraço. A derrota por 7 a 1, para a Alemanha, em casa, em plena semifinal de Copa do Mundo, ganhou contornos que extrapolaram o âmbito esportivo. Dada a importância do futebol para a identidade nacional, o resultado dessa partida foi um duro golpe para o brasileiro, uma espécie de espoliação, um ataque contra o patrimônio público, justo quando todos sonhavam em apagar a tristeza do Maracanaço, até então o episódio mais doloroso da história do futebol brasileiro. O Mundial da Rússia será o primeiro depois desse grande desastre. Que efeitos essa tragédia pode ter sobre o desempenho da seleção em 2018?

Tite conversa com jogadores da seleção brasileira durante treino em São Paulo - Sputnik Brasil
Estatísticas e superstições podem decretar o fracasso do Brasil na Copa da Rússia?

Para o jornalista Eraldo Leite, presidente da Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ), a influência tanto negativa quanto positiva de acontecimentos e datas marcantes é muito pequena, na verdade, sobre os atletas em si, principalmente sobre aqueles que não faziam parte do grupo ou não estavam em campo no jogo em questão. Ele acredita que essa polêmica tem muito mais força entre torcedores e jornalistas do que entre os jogadores, que são os que entrarão em campo com a responsabilidade de conseguir um desempenho melhor do que o alcançado no último Mundial. 

"A gente tem que pensar no que está sendo feito. A seleção tem feito um trabalho muito interessante sob o comando do Tite, e acho que, hoje, o Brasil está apto a enfrentar qualquer adversário", disse Eraldo. "O Brasil vai estar na Copa do Mundo, já está garantido. A Alemanha certamente estará também. Mas, de qualquer maneira, não podemos ficar alimentando esse fantasma do 7 a 1 eternamente".

Além da seleção brasileira, o cronista também aponta a Argentina e a própria Alemanha como equipes que devem chegar muito fortes e que podem ganhar sem problemas a Copa da Rússia, destacando que o time da casa também pode surpreender. 

"Pode surgir uma ou outra novidade. Pode aparecer uma Itália, pela tradição, pode aparecer a própria Rússia, que foi mal na Copa das Confederações, mas é a dona da casa. E vai se preparar melhor nesse ano que falta", afirmou, explicando que não acredita que a Rússia vá brigar por título, mas, sim, fazer uma boa campanha, talvez até chegando à final.

A Copa do Mundo da Rússia acontecerá entre os dias 14 de junho e 15 de julho de 2018, em 11 cidades do país. Além de Brasil e Rússia, apenas o Irã já está garantido no torneio. 

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