Todavia, a indecisão sobre a vinda de Temer teve consequências. Um almoço previsto para acontecer em Berlin com a primeira-ministra alemã Angela Merkel acabou cancelado. No lugar do mandatário brasileiro, Merkel recebeu o primeiro-ministro de Singapura.
Outra consequência da indecisão do presidente foi sua ausência no programa de imprensa distribuído a jornalistas na véspera do G20. Em seu lugar, aparece o ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Além disso, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que Temer não terá nenhum encontro bilateral durante o G20.
Gafes
Em uma breve declaração à imprensa na porta de seu hotel, o peemedebista também chegou a dizer que não existe crise econômica no Brasil. Questionado sobre sua fala, explicou:
"Pode levantar os dados e você verá que nós estamos crescendo empregos, estamos crescendo indústria, estamos crescendo agronegócio. Lá não existe crise econômica."
Os dados mais recentes do IBGE mostram que 13,8 milhões de brasileiros estão desempregados e a taxa de desocupação está em 13,3%. O levantamento foi do período de março a maio deste ano, o que mostra um número estável em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 20,4% no desemprego na comparação com o mesmo período de 2016.
Brasília
A permanência de Temer no cargo está ameaçado pela denúncia de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República e Maia é o sucessor do peemedebista na cadeira de presidente.
Em outra breve coletiva de imprensa, Temer foi perguntado sobre a lealdade de Maia e mostrou-se tranquilo:
"Acredito plenamente [de Rodrigo Maia]. Ele só me dá provas de lealdade, o tempo todo."
Temer embarca de volta para o Brasil no início da tarde de sábado (8) e não participará dos últimos eventos do G20.