Tillerson aproveitou para recusar a oferta feita por Rússia e China, que acreditam na mediação diplomática do conflito e na necessidade de suspensão dos exercícios militares conjuntos entre norte-americanos e sul-coreanos – uma exigência de Pyongyang para dialogar.
“O presidente Putin, penso eu, expressou uma visão diferente da China, que eles iriam suportar um congelamento pelo congelamento [do programa]. O problema com o congelamento agora, se congelarmos onde estão hoje, congelamos suas atividades com um nível muito alto de capacidade. E nós não pensamos que isso também estabeleça o tom certo para onde essas negociações devem começar”, disse Tillerson.
A avaliação foi feita durante as conversações entre o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-americano Donald Trump, em Hamburgo (Alemanha), que foi palco do G20, o encontro das 20 maiores economias do mundo. Para o secretário de Estado, Pyongyang precisa estar preparada para as demandas da Casa Branca.
“Não estamos interessados em falar: ‘Como nós temos que parar onde você está hoje?’. Porque parar onde eles estão hoje não é aceitável para nós”, emendou.
Washington e Moscou trataram do tema norte-coreano em Hamburgo, mas de acordo com Tillerson os russos veem a situação “um pouco diferente” do que os EUA.
“Vamos continuar essas discussões e vamos pedir a eles que façam mais. A Rússia tem laços econômicos com a Coreia do Norte, então vamos trabalhar com eles para ver se conseguimos persuadi-los a ver a mesma urgência que vemos”, analisou Tillerson.
O secretário dos EUA ainda voltou a cobrar mais esforços da China – como já fez anteriormente o presidente Trump –, enquanto o presidente sul-coreano Moon Jae-in usou o G20 para pedir o apoio da comunidade internacional em prol da desnuclearização da Península Coreana.