A realização da mostra de potencialidades na área de investimento para as empresas chinesas na Síria é um passo sério na demarcação de interesses da China no país. É possível que seja formado um grupo das primeiras empresas que vão estar representadas no território do parque industrial sírio-chinês.
Entretanto, o parque deve se tornar um dos centros da realização da iniciativa chinesa de criação da Rota da Seda, o que significa que o parque pode ser criado na área costeira do mar Mediterrâneo, onde há 2 anos a China marcou a sua presença realizando exercícios navais com a Rússia.
Ontem, apareceu a informação de que a China pretende alugar aeronaves e navios para suas iniciativas futuras. Foi criada a comissão especial que vai prestar ajuda no domínio jurídico para a realização destes projetos.
"A questão mais importante para a Síria é acabar a guerra e resolver o problema da oposição armada e, na segunda fase, reconstruir a infraestrutura. Acho que é cedo para discutir a criação do parque industrial. A Síria está numa situação em que tudo tem de ser reconstruído […] Por isso, não é fácil para mim estimar os riscos para o capital chinês ligados ao projeto de criação do parque industrial sírio-chinês", acrescentou à Sputnik China o analista do Centro da Economia Mundial do Instituto de Problemas Internacionais Chinês Chen Fengying.
O analista russo do Instituto de Estudos Estratégicos Ajdar Kurtov também afirma que é cedo para discutir os riscos dos investimentos na Síria.
"A reconstrução da Síria está, antes de tudo, relacionada com os investimentos na infraestrutura, sem a qual a atividade econômica não será possível, e só em segundo lugar com a criação de negócios frutíferos. Por isso, agora não se deve falar da questão dos riscos sérios", acrescentou Ajdar Kurtov à Sputnik China, acrescentando que muito vai depender do desenvolvimento do processo político.
"A China não quer ficar de fora, ela quer participar como um dos jogadores importantes na regulação do conflito sírio, por isso está dando tais passos […] A China está participando mais ativamente na regulação do problema sírio para garantir condições favoráveis para os negócios", informou Vladimir Evseev.
Ele acrescentou também que, antes da crise, a China controlava uma grande parte do setor de petróleo e gás sírio e tinha investido dezenas de bilhões de dólares nesse domínio.
A China manifestou sua intenção de participar na regulação da questão síria já no ano passado, nomeando pela primeira vez um representante especial para as questões da Síria. Xi Jinping anunciou a alocação de 29,2 milhões de dólares como ajuda aos refugiados sírios.