Os exercícios navais Sea Breeze 2017 serão realizados desde 10 até 23 de julho no mar Negro, onde participarão militares de 17 países.
"A realização dos treinos americano-ucranianos Sea Breeze 2017 ficará sob vigilância permanente das forças da Frota do Mar Negro, incluindo reconhecimento aéreo, escolta de navio e ação de estações terrestres", disse a fonte.
Segundo ele, reconhecimento será realizado durante todo o período das manobras.
"Atualmente, a Frota do Mar Negro possui um parque bastante grande de aviões da aviação naval para realizar vigilância e escolta permanente a partir do ar. Navios [da Frota], por sua vez, vão manter distância necessária, observando os treinos", declarou.
Quanto aos EUA, eles concentrarão uma importante força no mar Negro para participar das manobras Sea Breeze 2017, em particular, o cruzador USS Hue City e o destróier USS Carney com 800 tripulantes e fuzileiros navais. A parte americana entrará também com um Boeing P-8 Poseidon.
Considerando a situação atual no mar Negro — área estrategicamente importante para a Rússia, o especialista militar, capitão aposentado, Dmitry Litovkin destacou ao serviço russo da Rádio Sputnik que as manobras navais Sea Breeze 2017 provocam questões plausíveis por parte da Rússia.
"Em uma série de manobras semelhantes, os americanos, juntamente com os ucranianos, treinam tropas navais de desembarque em uma costeira não equipada. Isso significa que os treinamentos, além das tarefas declaradas antiterroristas e de interação conjunta, são destinados à conquista de território. O desembarque dos grupos navais prova a existência de um elemento agressivo — liderança na região", explica o especialista.
"O fato de as manobras estarem sendo planejadas e dirigidas pelo comando americano, bem como de os navios dos EUA estarem chegando à região, significa que os Estados Unidos dominam e impõem as regras do jogo nestes treinamentos. Ou seja, treinam suas tarefas para que a frota americana possa atuar efetivamente e em segurança no mar Negro", destacou o especialista militar.
Em sua opinião, a OTAN está preparando a Ucrânia para futuras atividades em conformidade com as regras da Aliança: "é uma interação a nível de altos oficiais para que entendam o que deve ser feito em uma ou outra situação."