"Estando aqui, declaro o fim da existência e derrota do estado mentiroso e terrorista que o Daesh proclamou a partir de Mossul", disse o primeiro-ministro em rede nacional.
A operação de libertação de Mossul, que por mais de três anos esteve nas mãos dos terroristas, deu início em outubro do ano passado. Em junho, o comando iraquiano declarou ter começado a ofensiva contra as últimas posições do Daesh na parte histórica de Mossul. A operação contou com a participação das forças especiais do exército, polícia federal, força de reação rápida e Forças Armadas do Iraque.
O pesquisador sênior do Centro de pesquisas árabes e islâmicas do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, Boris Dolgov, falou para o serviço russo da Rádio Sputnik que a libertação de Mossul não se trata da derrota completa do Daesh.
"Pois o Daesh é também uma ideologia que visa ser posta em prática. Gostaria de lembrar que antes já tentaram criar tais estruturas político-militares na Argélia, no Sudão e no Egito. Então, a própria ideia continuará existindo, bem como as tentativas de propagação", explicou Boris Dolgov.
De acordo com ele, muitos militantes se deslocaram para algumas regiões da Síria. Nomeadamente, ainda antes da libertação de Mossul, alguns líderes do Daesh se mudaram para cidade de Mayadin, perto de Deir ez-Zor, e para outros pontos sírios.
Quanto às perspectivas destes militantes, o especialista acredita que "foram enviados pelos lideres a outras regiões do Iraque e da Síria, onde continuarão, mais provavelmente, a luta guerrilheira. Propuseram-lhes criar 'unidades adormecidas' e esperar a ordem para depois se deslocarem para outros países como Líbia, Afeganistão, e, além disso, entrar em países europeus disfarçados de refugiados", sublinhou.