Representantes das forças armadas de mais de 16 países estão treinando operação de segurança naval em uma região que está enfrentando crise, declarou o Ministério da Defesa da Ucrânia.
Mais de 30 navios de guerra e 25 porta-aviões e helicópteros estão envolvidos nas manobras. O contingente dos EUA é representado pelo cruzador de mísseis USS Hue City, destróier USS Carney, avião antissubmarino P-8A Poseidon e mais de 800 oficiais.
O porto de Odessa está recebendo vários navios da OTAN, incluindo a fragata turca e a corveta da Romênia, bem como 10 embarcações e navios de guerra ucranianos.
Além disso, duas aeronaves de transporte da OTAN aterrissaram em Odessa, repletas de militares e mergulhadores.
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— GEKAS (@dastok8000) 11 de julho de 2017
Em janeiro, o parlamento ucraniano aprovou uma lei que permite a entrada de tropas estrangeiras em 2017 para participação de manobras multinacionais no país.
Escalada da situação no mar Negro
Apesar do novo formato, as manobras anuais, assim como nos anos anteriores, são focadas em operações marítimas, treinamentos de defesa aérea, antissubmarino, operações de busca e de resgate, bem como visam reforçar a cooperação entre os aliados para garantir a estabilidade na região do mar Negro.
De acordo com o analista político da Sputnik, Aleksandr Khrolenko, esta demonstração de força é destinada contra a Rússia, mais precisamente contra a região russa da Crimeia. As atividades militares que estão sendo realizadas perto das fronteiras russas são "preocupantes", acrescenta.
"Os dois navios podem fornecer à Ucrânia uma ajuda de 212 mísseis, com exceção de torpedos e artilharia. Isso é exagero para 'garantir a estabilidade' na região, especialmente levando em consideração que a região é estável. Possivelmente, o envolvimento norte-americano visa aumentar as tensões no mar Negro", comunicou Khrolenko.
Entretanto, a Frota do Mar Negro russa comunicou que vai acompanhar atentamente os exercícios. Toda a área do mar Negro está coberta por mísseis russos.
Provocações preparadas pela Ucrânia
"Há um momento muito importante que deve ser mencionado. A Ucrânia continua envolvendo os EUA nas tensões entre Kiev e Moscou. Isso é fato, os exercícios são prova disso. Há uma possibilidade de provocações durante as manobras, como, por exemplo, a travessia de fronteiras russas pelos navios de combate da OTAN. Acredito que a Ucrânia possa estar preparando algo do tipo. Para Kiev, é importantíssimo fazer com que a OTAN e a Rússia entrem em conflito, pois esse é um objetivo estratégico de Kiev", acrescentou Baranets ao serviço russo da rádio Sputnik.
De acordo com ele, as manobras estão enviando uma mensagem para a Rússia.
Ele adiantou que as manobras Sea Breeze 2017 podem ser consideradas como “instrumento da OTAN para pressionar as fronteiras estratégicas da Rússia”.