Ancara viveu momentos de agitação em 2016, quando um grupo de militares supostamente à mando do clérigo islâmico Fethullah Gulen tentaram tomar o poder. No entanto, dada a escalada autoritária do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan após o episódio e a sua mobilização popular para garantir a concentração de funções em suas mãos, a teoria conspiratória que atribuía ao próprio líder o comando do golpe.
O vice-primeiro ministro destacou que as autoridades turcas estavam tentando encontrar os apoiadores do movimento do clérigo Gulen.
"Nosso objetivo é encontrar aqueles que têm links com essa organização e estão apoiando esta organização. Estamos tentando purgá-los [da sociedade]. Não queremos fazer nenhum tratamento injusto", acrescentou Kurtulmus.
Nessa quinta-feira, o Ministério turco da Justiça disse em um comunicado que mais de 50 mil pessoas com supostas ligações ao movimento foram presas durante o ano passado. Entidades protetoras dos direitos humanos acusam Erdogan de se aproveitar da escalada golpista para prender também opositores golpista e cercear ainda mais a já controlada imprensa do país.