Segundo declarou em entrevista ao canal de televisão russo RT o analista militar russo, Ivan Konovalov, o país otomano pretende "diversificar o máximo possível" suas compras armamentistas para deixar de depender das grandes empresas do setor.
"Além disso, ao contrário dos sistemas russos, os Aster SAMP/T, fabricados pela Eurosam, podem ser integrados no sistema da OTAN", explicou.
Além disso, o presidente turco procura desde há muito aumentar as capacidades militares do país e planeja tornar o sector da defesa independente de terceiros países até 2023. Já há anos que Ancara estuda a possibilidade de começar a construção de um porta-aviões.
No início de junho, Sergey Chemezov, CEO da corporação Rostec, responsável pelas exportações de produtos industriais com alto conteúdo tecnológico, declarou que a Rússia e a Turquia concordaram em todas as questões técnicas relacionadas com o contrato da compra dos sistemas S-400.
"Em teoria é possível, mas na prática é difícil de imaginar", apontou o especialista russo falando sobre uso de tecnologias militares russas por parte da Turquia. Ele também indicou que nesse caso o país precisa de obter licenças para produção.
Ao mesmo tempo, o analista militar russo destacou que todos os países, incluindo os EUA, adquirem componentes militares e armamentos necessários no estrangeiro e que "a indústria de defesa turca não será capaz de alcançar um nível tão alto até 2023".