De acordo com o analista, Abu Bakr al-Baghdadi não era só o líder do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia), ele era, principalmente, "uma marionete nas mãos de seus patrões". "É evidente com as inteligências de que países ele mantinha contatos e de quem recebeu a missão de criar o pseudo-califado Daesh atraindo terroristas de todo o mundo", disse Hassan Shemshadi à Sputnik Persa.
A sociedade tem de entender que, mesmo depois da morte do seu líder, o Daesh não deixa de existir, sublinhou o especialista. "O Daesh não é uma pessoa, é um verdadeiro sistema, semelhante ao câncer, que se tem espalhado constantemente", sublinhou Hassan Shemshadi.
Segundo ele, "por trás desse sistema está um único patrão e até que este patrão, ou seja, determinados países, não abdiquem da sua 'criatura terrorista', enquanto lhe dá todo o apoio possível, o mal do terrorismo vai crescer, mudando apenas de forma e aparência".
"Há quatro meses que não há quaisquer declarações de Abu Bakr al-Baghdadi, não há nenhuma informação dos seus cúmplices. Tudo isso fortalece a confiança na sua morte. Mas sua morte não é o fim. Sim, isso pode se tornar o início do fim do terrorismo na Síria e Iraque e em toda região. Entretanto, enquanto os patrocinadores evidentes e ocultos do Daesh apoiem os terroristas, o câncer no Oriente Médio vai continuar se espalhando e suas células cancerosas vão atingir outras partes do mundo", acrescentou Hassan Shemshadi.