Durante a campanha presidencial de 2016, Eichenwald trabalhou acompanhando os passos do então candidato Donald Trump. Ele afirmou mentirosamente que Donald foi admitido em uma clínica psiquiátrica, mas não foi capaz de apresentar qualquer evidência do que denunciou. O repórter foi um dos primeiros a acusar Trump de ser "um espião russo" e chegou a inventar uma suposta ligação da agência com o WikiLeaks. Eichenwald ainda disse que os funcionários da Sputnik eram espiões, não jornalistas.
Tudo começou quando o ex-repórter da Sputnik, William Moran, atribuiu por engano um artigo de Eichenwald como sendo de Blumenthal. O artigo com a informação incorreta ficou no ar por 20 minutos, tempo o suficiente para que o jornalista percebesse o erro e deletasse o texto do site. O erro, porém, foi reproduzido por Trump em um discurso, o suficiente para que o contratado da Newsweek moldasse a história de conspiração entre a agência e os republicanos.
Moran entrou em contato com Eichenwald para se explicar e solicitar uma retratação, mas ao invés disso recebeu uma oferta de trabalho na famosa The New Republic em troca de deixar as coisas como estavam. Ao negar o emprego, Moran preferiu ir a público, detalhar o ocorrido e denunciar a mentira. O jornalista da Newsweek preferiu ir a dezenas de programas de TV reproduzindo a história do conluio entre a Sputnik e Trump.
Em um comunicado, Moran informou: "O processo foi resolvido de forma amigável e com toda a satisfação. Após o acordo, a Newsweek removeu as duas reportagens. Eu protocolei este caso antes de ser licenciado como advogado e lutei contra a mega empresa de advocacia Pepper Hamilton (uma empresa com 13 escritórios e mais de 500 advogados)".
Os termos do acordo não foram revelados porque a Newsweek exigiu confidencialidade.