"É necessário preparar tal reação, porque deve ser tomada de qualquer modo. Não obrigatoriamente uma reação assimétrica, mas danosa para os americanos. [Será uma resposta] tanto à lei [sobre sanções], como a todas as ações anteriores quanto à propriedade, aos diplomatas etc.", escreveu Konstantin Kosachev no Facebook.
De acordo com ele, é preciso discutir a situação atual com a União Europeia, com quem a Rússia pode ter uma espécie de aliança temporária, dado que as sanções de Washington prejudicam inclusive os interesses econômicos da UE. A lei aprovada demonstrou que não haverá um avanço nas relações russo-americanas, nem normalização, sendo inevitável uma degradação, acredita o senador russo.
"Após o encontro entre os dois presidentes em Hamburgo, eu expressei com cautela a esperança de que este último poderia vir a se tornar o prenúncio do avanço nas relações entre a Rússia e os EUA. A esperança é a ultima que morre, mas ela morre. Dada a votação por unanimidade quanto às sanções contra a Rússia, Irã e a Coreia do Norte, não haverá nem avanço, nem normalização. Pelo contrário, a degradação da cooperação bilateral se torna inevitável, mesmo já estando em baixa", sublinhou.
A Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano aprovou o projeto de lei que prevê novas sanções contra a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte. Em seguida, o documento deve ser considerado pelo Senado e, caso seja aprovado, será apresentado ao presidente para assinar. As novas sanções poderão ser as mais amplas desde 2014. O Kremlin afirmou que considera o projeto de lei "extremamente negativo", enquanto a UE o chamou de "ações unilaterais dos EUA".